VOZES DA ÁFRICA

Vocabulário
Digital de Línguas
Autóctones Africanas

Vocabulário digital de línguas autóctones africanas

Doutorando em Estudos Linguísticos pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos (PPGEL), da Universidade Estadual de Feira de Santana (2021), onde desenvolve a pesquisa intitulada como “Uma comparação entre o léxico de origem africana no português falado em Luanda-Angola e na comunidade de Mussuca, no estado de Sergipe”, financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB). Possui mestrado em Estudos Linguísticos, pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos (PPGEL), oferecido pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2019). Graduação em Licenciatura em Letras com Habilitação em Língua Portuguesa e Literatura, pela Universidade do Estado da Bahia (2014). Possui Especialização Interdisciplinar em Estudos Sociais e Humanidade, pela Universidade Aberta do Brasil – UAB/UNEB (2016) e em Educação do Campo, oferecida pelo IF Baiano, Campus Serrinha (2019). Tem experiência na área de Letras com Português, com ênfase em Letras e Literatura. Possui experiência na rede pública e privada de educação básica.

 http://lattes.cnpq.br/0554485171165028

Corpus I: Luanda

O corpus analisado foi constituído a partir das entrevistas sociolinguísticas do tipo Informante e Documentador, realizadas nos anos de 2008 e 2013 em Luanda, capital da Angola. As entrevistas pertencem à coleção do Projeto Em busca das raízes do português brasileiro, aprovado pelo Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão no ano de 2009 (CONSEPE, 0036/09). Para a realização das entrevistas, houve a submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEP/UEFS). O número do Parecer favorável à sua realização é 140.511. O número do CAAE é 04641412.7.0000.0053. A data da Relatoria é 27/11/2012.

A amostra está dividida em dois grupos, a saber, falantes do português como língua materna (L1), composta por 33 entrevistas, e falantes do português como segunda língua (L2), composta por 25 entrevistas.

Corpus II: Mussuca

É composto por 12 entrevistas realizadas na comunidade de Mussuca, interior do estado de Sergipe no ano de 2019. Pertence, como já exposto anteriormente nesta tese, ao Projeto de Pesquisa de Pós-Doutoramento da professora Silvana Farias de Araújo – UEFS, intitulado Caracterização do português popular falado em comunidades rurais afro-brasileiras da Bahia e de Sergipe: documentação de comunidades de práticas afro-brasileiras para o estudo de contatos linguísticos

Cada entrevista tem em média uma hora de duração e versa sobre diversos assuntos, a exemplo a história de formação da comunidade e como se desenvolvem as práticas culturais.  Salienta-se que o projeto obteve parecer favorável pelo CEP, obtendo o Certificado de Apresentação de Apreciação Ética CAAE: 15582219.1.0000.5546 e foi financiado pelo CNPq, por meio do Programa de Pós-Doutorado Junior.

Trata-se de um projeto de pesquisa que visa investigar e comprar as lexias de base africana presentes nas variedades do português brasileiro e angolano, para tal foram utilizados os corpora constituídos na comunidade de fala de Luanda, Angola e na comunidade quilombola Mussuca, no estado de Sergipe. 

Objetivo geral:

Analisar os corpora, estabelecendo uma comparação entre as lexias de origem africana presentes na variedade do português falada em Luanda e a variedade do português falado na comunidade de Mussuca, no Estado de Sergipe, para uma tentativa de compreensão das raízes do português brasileiro.

Objetivos específicos: 

  • Investigar as lexias de origem africana presentes no português falado em Luanda;
  • Catalogar as lexias de bases africanas presentes no português falado na comunidade de Mussuca-SE;
  • Explicar as contribuições do léxico de origem africana na constituição do português brasileiro e angolano; 
  • Comparar lexias de origem africana faladas em Luanda-Angola com o léxico de base africana falado na comunidade de Mussuca-SE 
  • Construir um glossário físico e digital com as lexias de origem africana encontradas nos corpora. 

Foram empregadas as premissas da lexicografia moderna, que consiste na utilização de corpus e ferramentas computacionais para produção de uma obra lexicográfica. Utilizou-se ainda o procedimento metodológico sugerido pela linguística de corpus, no que se refere à coleta e obtenção de dados para a análise das lexias de bases africanas nos corpora.